quinta-feira, 28 de março de 2013

Poesia


A poesia parece às vezes com o vento
Podemos não vê-la
Mas ela está presente em tudo
E só os poetas sabem decifrá-las
Só os poetas tocam o vento.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Estranho amor


Não é para mim que mentes quando diz a outro que estás apaixonado
É para ti mesmo
Para tudo o que jurou sentir
São meias verdades plantadas feito sonhos
Agora são meios sonhos que já nem sei se foram verdade
E tu ainda insiste em ficar e cuidar de mim
Com esse teu amor louco de insegurança
Se me amas fica aqui por inteiro
Não quero a metade de nada
Na minha vida só cabe o completo
O cheio
Mas se tem dúvidas
Me deixa o teu vazio
Até ele será melhor do que só a metade de ti.

(Estranho Amor - Caetano Veloso)
Teu corpo combina com meu jeito
Nós dois fomos feitos muito pra nós dois
Não valem dramáticos efeitos
Mas o que está depois

sexta-feira, 15 de março de 2013

Das grandezas do eu


Tenho uma grandeza formiga
E uma paciência folha 
Para essas pessoas sem árvores.

(Quero crescer para pássaro - 
Manuel de Barros)

Costume


À noite ele abre o sol
E pela manhã me da uma lua cheinha de sonhos
É costume dele virar a minha vida do avesso
Fazer flor das minhas pedras
Sorriso das minhas lágrimas
E um colorido dos meus dias cinzentos.

É costume dele fazer dos meus sonhos pássaros
E dos meus medos leões ferozes.

É do avesso dele me fazer seu amantes e fugitivo
E é do meu avesso ama-lo
E fazer borboleta dos nossos beijos e sonhos.

É costume dele ser o avesso de mim
Ser verso em mim.


(Para os costumes dele que sempre me viram do avesso. 
PS, te amo)

domingo, 10 de março de 2013

Desordem



O céu ficou menos azul hoje
E o silêncio cresceu pela casa
Tomou conta das paredes, das xícaras e dos livros na estante velha.
Uma poesia morreu dentro do meu peito.
E as minhas palavras se perderam na desordem de outras palavras não ditas.
A verdade faltou com alguém
O céu ficou menos azul
O meu azul ficou menos céu
Meu domingo ficou sem o teu azul.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Saudade árvore



Às vezes tu plantas saudades na gente
Dessas que crescem e se espalham pelo peito todo
De raízes duras
Sem abraços, beijos ou palavras amigas.
Meu peito hoje é jardim sem poda.

(Para Janete Lacerda que some de minha 
vida e  deixa uma saudade árvore)

quinta-feira, 7 de março de 2013

quarta-feira, 6 de março de 2013

Poema para ela


O verde dos teus olhos
Fez da minha vida
Poesia.

(Para Elisa Lucinda que por onde passa 
deixa um rastro de poesia em todos)

segunda-feira, 4 de março de 2013

Vocabulário




De todas as palavras
Do meu vocabulário
Cheio de vícios e costumes
Felicidade é a que sempre
Visita minha vida
Todas as vezes que penso em ti.

(Para o meu amor que sempre me enche 
de felicidade a cada encontro)